No jantar de família onde estão presentes os tios emigrantes que já não víamos há um par de anos, ouvimos uma e outra vez as frases do costume: “Que grandes estão os teus filhos! São mesmo parecidos contigo!” Ou então: “A quem é que ele sai com esses olhos tão azuis?”
De uma forma geral, quando falamos em Genética, pensamos em semelhanças. Semelhanças entre pais e filhos, semelhanças entre irmãos. Na verdade, as bases da Genética assentam muito mais nas diferenças do que nas semelhanças. São elas que explicam a diversidade de cores, de tamanhos, de caras, e até de feitios ou de suscetibilidade a doenças, que preenchem as populações humanas (mas também animais, vegetais, ou de microorganismos).
A Genética tem tanto de Matemática como de Biologia, porque, apesar de se traduzir e estar sujeita a processos biológicos, ela rege-se por regras muito estritas, e até podemos fazer-lhe as contas. Neste espaço falaremos sobre Genética. Sobre as bases, os genes e os cromossomas, sobre doenças e diversidade, sobre histórias clássicas e inovação.